A estimativa no Brasil é de 220.490 novos casos de câncer de pele não-melanoma entre o período de 2023-2025. Desses, cerca de 101.920 sendo em homens, e 118.570 em mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer – INCA (2020). O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no país — o que corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados. E a incidência varia conforme região, sexo e perfil de pele (pessoas de pele mais clara têm risco maior). Já o melanoma é o de maior gravidade, com a estimativa de aproximadamente 8.980 novos casos por ano.
Tipos, sintomas e sinais de alerta
O câncer de pele pode se manifestar de diversas formas, a depender do tipo, sendo os principais:
Não-melanoma: tumores como o carcinoma basocelular (o mais comum) e o carcinoma espinocelular, geralmente com evolução mais lenta.
Melanoma: Surge a partir das células que produzem melanina (pigmento da pele). E, embora menos comum, oferece maior risco de metástase e letalidade.
Fique atento!
Observe lesões, manchas, pintas ou feridas que surgem pelo corpo e redobre a atenção com as seguintes características:
Ferida ou “caroço” que não cicatriza ou demora muito para cicatrizar;
Pinta ou mancha que muda de tamanho, forma ou cor ao longo do tempo;
Lesões com bordas irregulares, cor desigual (tons diferentes, como marrom, preto, avermelhado, até branco ou azul-escuro), ou com aspecto assimétrico;
Lesões maiores que cerca de 6 milímetros de diâmetro (embora mesmo as menores devam ser observadas);
Lesões que coçam, sangram, formam crostas ou causam dor;
Qualquer pinta ou mancha nova em adulto — especialmente após 40 anos — merece atenção médica.
Prevenção: como cuidar da pele e reduzir riscos
“Muitos tipos de câncer de pele podem ser prevenidos com cuidados simples e hábitos saudáveis”, comenta a médica dermatologista, Dra. Maria da Conceição Câmara (CRM-RN 3810), da Clínica de Oncologia e Mastologia de Natal - Oncology Group e dá dicas: “Usar protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados e reaplicar a cada 2 horas se estiver exposto ao sol, além de priorizar fatores de proteção adequados para cada tipo de pele são importantes para a prevenção. Evitar o sol em horários de pico - geralmente entre 10h e 16h e utilizar acessórios e roupas de proteção como chapéus, óculos de sol, camisa com proteção UV também estão entre as principais medidas”, indica a dermatologista.
Além disso, evitar o bronzeamento artificial e fazer o autoexame da pele regularmente, para observar qualquer alteração e em pintas, manchas ou feridas que mudem ou não cicatrizam são fundamentais à prevenção e ao diagnóstico precoce. Realize consultas de rotina com um dermatologista — especialmente se tiver histórico pessoal ou familiar de câncer de pele, pele clara, várias pintas ou exposição frequente ao sol.
“No Brasil, onde esse tipo de câncer é o mais comum, aumentar a conscientização sobre os riscos e os sinais de alerta pode salvar vidas, permitindo tratamentos menos invasivos e com maiores chances de cura”, observa Dra. Maria da Conceição.


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