05 dezembro 2025

Câncer de Pele: o que você precisa saber

Imagem: Reprodução

O câncer de pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil e no mundo. Ele ocorre quando células da pele se multiplicam de forma desordenada — e costuma estar associado, sobretudo, à exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV) do sol. Em épocas com temperaturas mais quentes, o cuidado deve ser redobrado. E, no mês de dezembro, a Campanha “Dezembro Laranja” enfatiza a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de pele.

A estimativa no Brasil é de 220.490 novos casos de câncer de pele não-melanoma entre o período de 2023-2025. Desses, cerca de 101.920 sendo em homens, e 118.570 em mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer – INCA (2020). O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no país — o que corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados. E a incidência varia conforme região, sexo e perfil de pele (pessoas de pele mais clara têm risco maior). Já o melanoma é o de maior gravidade, com a estimativa de aproximadamente 8.980 novos casos por ano.

Tipos, sintomas e sinais de alerta

O câncer de pele pode se manifestar de diversas formas, a depender do tipo, sendo os principais:

Não-melanoma: tumores como o carcinoma basocelular (o mais comum) e o carcinoma espinocelular, geralmente com evolução mais lenta.

Melanoma: Surge a partir das células que produzem melanina (pigmento da pele). E, embora menos comum, oferece maior risco de metástase e letalidade.

Fique atento!

Observe lesões, manchas, pintas ou feridas que surgem pelo corpo e redobre a atenção com as seguintes características:

Ferida ou “caroço” que não cicatriza ou demora muito para cicatrizar;

Pinta ou mancha que muda de tamanho, forma ou cor ao longo do tempo;

Lesões com bordas irregulares, cor desigual (tons diferentes, como marrom, preto, avermelhado, até branco ou azul-escuro), ou com aspecto assimétrico;

Lesões maiores que cerca de 6 milímetros de diâmetro (embora mesmo as menores devam ser observadas);

Lesões que coçam, sangram, formam crostas ou causam dor;

Qualquer pinta ou mancha nova em adulto — especialmente após 40 anos — merece atenção médica.

Prevenção: como cuidar da pele e reduzir riscos

“Muitos tipos de câncer de pele podem ser prevenidos com cuidados simples e hábitos saudáveis”, comenta a médica dermatologista, Dra. Maria da Conceição Câmara (CRM-RN 3810), da Clínica de Oncologia e Mastologia de Natal - Oncology Group e dá dicas: “Usar protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados e reaplicar a cada 2 horas se estiver exposto ao sol, além de priorizar fatores de proteção adequados para cada tipo de pele são importantes para a prevenção. Evitar o sol em horários de pico - geralmente entre 10h e 16h e utilizar acessórios e roupas de proteção como chapéus, óculos de sol, camisa com proteção UV também estão entre as principais medidas”, indica a dermatologista.

Além disso, evitar o bronzeamento artificial e fazer o autoexame da pele regularmente, para observar qualquer alteração e em pintas, manchas ou feridas que mudem ou não cicatrizam são fundamentais à prevenção e ao diagnóstico precoce. Realize consultas de rotina com um dermatologista — especialmente se tiver histórico pessoal ou familiar de câncer de pele, pele clara, várias pintas ou exposição frequente ao sol.

“No Brasil, onde esse tipo de câncer é o mais comum, aumentar a conscientização sobre os riscos e os sinais de alerta pode salvar vidas, permitindo tratamentos menos invasivos e com maiores chances de cura”, observa Dra. Maria da Conceição.

🅰️ Revista Eletrônica Mais Atualizada do Vale do Açu
#blogalexsilvaassu

Nenhum comentário:

Postar um comentário