Programa Mais Médicos: com trabalho de Zenaide, Rio Grande do Norte tem hoje mais 555 médicos atuando na saúde pública

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Novos números: atualmente, o estado do Rio Grande do Norte conta com 555 profissionais atuando pelo programa Mais Médicos na saúde pública, conforme resposta oficial da assessoria de comunicação do ministério da Saúde enviada ao mandato da senadora Zenaide Maia (PSD-RN) na última terça-feira (04). Médica do serviço público e relatora no Senado da lei que criou a nova versão do programa nacional em 2023, Zenaide foi uma das principais vozes em defesa da aprovação da medida no Congresso Nacional. 

Ainda segundo o ministério informou ao mandato, até a presente data todas as vagas do Mais Médicos no estado estão preenchidas. O programa faz a contratação e o envio desses médicos para regiões e localidades fora dos grandes centros e também nas áreas de periferias das cidades, de forma a garantir mais profissionais trabalhando na atenção básica de saúde nos municípios.  

“Como médica infectologista, médica da universidade com 30 anos de serviço público, com a experiencia de ter atendido em pronto-socorro, dou meu testemunho pessoal do quanto o programa Mais Médicos está salvando vidas, prevenindo doenças e socorrendo a população mais carente nas comunidades mais distantes do país, onde nada ou quase nada de recursos públicos chega a tempo, na hora da necessidade”, afirmou Zenaide. 

De acordo com o ministério da Saúde, o Mais Médicos garante assistência a mais de 63 milhões de brasileiros em todo o país. Com a meta de alcançar 28 mil profissionais, atualmente conta com cerca de 24,7 mil médicos atuando em 4,2 mil municípios – o que representa 94% do território nacional coberto pelo programa. Os médicos dedicam-se ao fortalecimento da Atenção Primária à Saúde e ao esforço contínuo de acelerar o atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS). 

Conforme o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Norte (Cosems-RN), hoje, 47% das 1.227 equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) do Estado contam com profissionais vinculados ao programa, evidenciando seu papel fundamental na estruturação da atenção primária. 

“No Rio Grande do Norte, 104 novos profissionais foram direcionados a 59 municípios, contemplando, nesta etapa, localidades de todas as regiões de saúde do Estado. A ESF, porta de entrada do Sistema, é responsável pela resolução de até 80% dos problemas de saúde da população, e o programa contribui diretamente para fortalecer esse trabalho”, observou o conselho em setembro último. 

Atendimento nos municípios

A atualização é constante. Em julho passado, por exemplo, o Rio Grande do Norte recebeu o reforço de 99 profissionais do Mais Médicos. “A atuação integrada desses profissionais, pelo prontuário eletrônico e os fluxos que vão reduzir o tempo de espera do paciente, facilitará o acesso à média e alta complexidade para todos os cidadãos”, enfatizou a pasta da Saúde. 

Para Zenaide, ampliar a cobertura e a equidade no atendimento do SUS deve ser uma política de Estado permanente, mais imune aos frequentes cortes orçamentários.

“Nossa preocupação é somar esforços e trabalho político para acabar com esse vazio assistencial na atenção primária, nos postos de saúde. Com o incremento de profissionais na rede pública de saúde, valorizamos os profissionais e, assim, as pessoas têm garantia de médico perto de casa. Esse reforço federal em parceria com estados e municípios é algo muito grande em termos de resolver problemas de saúde e salvar vidas”, reiterou a senadora. 

Incentivos para médicos

Um dos principais desafios no atendimento às regiões de difícil acesso, que historicamente sofrem com a falta de médicos, é a permanência dos profissionais. Levantamento do ministério da Saúde apontou que 41% dos participantes do programa desistem em busca de qualificação.  

“É por isso que o Mais Médicos foi criado: para também criar condições competitivas para convencer os médicos a morar e trabalhar nessas regiões sem perder a oportunidade de crescer na carreira. É um orgulho ter sido relatora e ajudado a aprovar esse programa revolucionário da saúde pública brasileira. Também fui relatora da lei que criou o piso salarial nacional da enfermagem, reforçando a saúde pública como prioridade do nosso mandato”, destacou Zenaide.

A retomada do Mais Médicos apresentou aos profissionais oportunidade de aperfeiçoamento em saúde da família e comunidade, com incentivos e benefícios para atuação em áreas de maior vulnerabilidade social. Desde 2023, eles têm a possibilidade de fazer especialização e mestrado por meio da Estratégia Nacional de Formação de Especialistas para a Saúde, que integra os programas de formação, provimento e educação pelo trabalho no âmbito do SUS.  

Ainda de forma inédita, no ano passado o programa ofertou vagas afirmativas, no regime de cotas, para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas. O Mais Médicos avançou, sobretudo, entre os municípios de maior vulnerabilidade social: 60% dos médicos estão nessas localidades, divulgou o ministério da Saúde.