O debate foi solicitado pelo deputado Lafayette de Andrada (Republicanos - MG) e aconteceu no plenário 5 da Câmara. Segundo o parlamentar, as distribuidoras de energia vêm justificando a necessidade de alterações regulatórias e tarifárias com base no aumento do fluxo reverso. No entanto, ele alerta que "não foi apresentado qualquer estudo técnico público e transparente que comprove a existência ou a extensão desse fenômeno".
Lafayette destaca ainda que a micro e mini geração distribuída representam hoje um dos segmentos que mais geram empregos e renda de forma descentralizada no Brasil, com impacto significativo, sobretudo, em regiões interioranas e comunidades afastadas dos grandes centros urbanos.
A audiência teve como objetivo principal esclarecer os impactos técnicos e econômicos da suposta inversão de fluxo nas redes de distribuição, além de discutir alternativas regulatórias que promovam o equilíbrio entre a expansão da geração distribuída e a sustentabilidade do sistema elétrico.
“Foi um momento de uma ótima discussão, que ficou pautado e haverá algumas reuniões para discutir esse questionamento do fluxo reverso. Sabemos que a questão não é técnica, existe uma questão aí realmente de avanço da própria geração distribuída, que é chamada GD e que as associações estão atentas a esse processo, então isso é muito importante. A audiência contou com uma presença maciça de associações do Brasil inteiro e, sem dúvida, foi de extrema importância”, afirmou Williman Oliveira, presidente da APER.
Estiveram presentes representantes de diversas entidades e associações ligadas à geração distribuída, como o Movimento Solar Livre, APER, APB Solar, ABGD, ABS, FMGD, FPGD, FGGD, FMAGD, FGGD, FTOGD e FPGD, entre outras. Essas organizações criticam resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que segundo elas, têm inviabilizado a expansão da fonte ao impor condições consideradas desfavoráveis e que extrapolam as exigências previstas no marco legal do setor.
Por outro lado, também participaram da discussão entidades como a Associação Brasileira das Distribuidoras de Energia Elétrica (Abradee) e a própria Aneel, que defenderam a necessidade de adaptação do sistema elétrico para evitar possíveis sobrecargas. A Aneel foi representada pelo gerente da instituição, em nome de seu presidente.
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