Cosems-RN debate luta antimanicomial no município de Natal

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Nesta quinta-feira (22) a Câmara Municipal de Natal foi palco de um importante momento de reflexão e mobilização em defesa da saúde mental humanizada. Promovida pelo vereador Daniel Valença (PT), a audiência pública intitulada “Por uma Natal Antimanicomial: Em defesa do Cuidado em Liberdade” reuniu representantes do poder público, profissionais da saúde e usuários dos serviços para discutir o fortalecimento da rede de atenção psicossocial no município.

O encontro teve como pano de fundo o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio, data que marca a resistência contra práticas excludentes e a defesa de um modelo de cuidado em saúde mental centrado no respeito à dignidade humana. A luta antimanicomial propõe a superação do paradigma hospitalocêntrico e segregador, substituindo-o por um atendimento em liberdade, com acolhimento e integração social.

Durante a audiência, o secretário municipal de saúde de São José de Mipibu e representante do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Norte (Cosems-RN), Jefferson Souza, destacou a importância de pensar a saúde mental como parte de uma rede interligada. “A saúde precisa ser pensada em rede – partindo da unidade básica de saúde, CAPS e hospitais funcionando – como forma de superar as limitações particulares de cada município”, afirmou.

Para Jefferson, a esperança é um motor essencial para a transformação da realidade. “Quando a gente pensa na utopia, às vezes a gente fica um pouco deprimido, mas isso nos dá força pra lutar e tentar superar as barreiras. Se a gente olhar somente para o passado […] não faz com que a gente prospere e melhore nossa qualidade de saúde do Estado do Rio Grande do Norte”, declarou.

O representante do Cosems-RN ainda ressaltou o compromisso da entidade com a causa: “Enquanto Cosems, lutamos pela melhoria da rede de saúde mental em todo o Rio Grande do Norte.”

A audiência pública reforçou a necessidade de consolidar políticas públicas que garantam o cuidado em liberdade e o fortalecimento dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), além de promover ações contínuas de conscientização sobre os direitos das pessoas com transtornos mentais. Em um cenário ainda marcado por desafios estruturais e culturais, a mobilização em torno da pauta antimanicomial segue essencial para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

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