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| Imagem: Reprodução |
Segundo o Ministério Público Eleitoral (MPE), Abraão Lincoln omitiu informações na prestação de contas, usando contas bancárias de terceiros para ocultar valores aplicados na campanha, conduta prevista no artigo 350 do Código Eleitoral. A condenação é um desdobramento da Operação Enredados, deflagrada em 2014, que apurava crimes ambientais e lavagem de dinheiro no setor pesqueiro, mas revelou também indícios de irregularidades eleitorais.
De acordo com o processo, o ex-candidato realizou duas transferências que somaram R$ 13,5 mil para gráficas, sem declarar as operações. A juíza Carmem Verônica Calafange, da 2ª Zona Eleitoral de Natal, entendeu que Lincoln agiu com premeditação, valendo-se de relação hierárquica com o titular da conta usada.
Em sentença de 28 de agosto, a magistrada condenou Abraão Lincoln a 2 anos e 4 meses de reclusão e 15 dias-multa, substituindo a pena por prestação pecuniária de R$ 7.590,00, equivalente a cinco salários-mínimos, devido ao crime não envolver violência. Ele pode recorrer em liberdade.
O caso ganhou novo capítulo após Lincoln ser preso por falso testemunho durante a CPMI do INSS, na segunda-feira (3). Ele teria mentido ao afirmar que renunciou ao cargo de presidente da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA), quando na verdade foi afastado. Também negou conhecer Antônio Carlos “Careca do INSS”, mas depois admitiu o vínculo.
Lincoln foi libertado após pagar fiança na madrugada da terça-feira (4), mas segue respondendo aos processos na Justiça Eleitoral e na CPMI.


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