20 maio 2025

Maio Cinza: Um alerta para a “Conscientização sobre Tumores Cerebrais”

Imagem: Reprodução

O mês traz para a população um alerta importante: “Maio Cinza: Mês de Conscientização dos Tumores Cerebrais”. No Brasil, a estimativa é de 5 a 6 novos casos de tumor cerebral, por ano, a cada 100 mil habitantes. Segundo dados no Instituto Nacional de Câncer (INCA), são cerca de 11 mil novos casos de câncer do Sistema Nervoso Central (SNC) - que afeta o cérebro e a medula espinhal.

O oncologista, Dr. Alison Wagner Azevedo Barroso (CRM-RN 6997| RQE 3606), esclarece “Embora a incidência de tumores cerebrais seja relativamente baixa em comparação com outros tipos de câncer, os tumores cerebrais malignos, como os glioblastomas, têm um impacto significativo devido à sua agressividade e a localização no cérebro, que pode afetar funções vitais”.

A incidência desse tipo de câncer também pode variar de acordo com a faixa etária, sendo mais comuns em adultos entre 40 e 70 anos. “Mas também pode acometer crianças, e a detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais para melhorar o prognóstico”, acrescenta o oncologista.

Um tumor no cérebro pode ser benigno ou maligno, tendo origem no próprio órgão ou partindo de outro lugar do corpo. Dentre os tumores benignos, estão os meningiomas e adenomas hipofisários, que crescem de forma lenta, têm margens bem definidas e geralmente não invadem o tecido cerebral. “Mesmo sendo benigno, podem causar sintomas importantes ao comprimir áreas funcionais do cérebro, dependendo da localização”, explica Dr. Alison e complementa “Já os tumores malignos primários, como os glioblastomas, astrocitomas de alto grau e meduloblastomas, são mais agressivos, crescem rapidamente e podem infiltrar o tecido cerebral, o que dificulta a remoção completa e favorece a recorrência”.

Além dos tumores que surgem no próprio cérebro, existem também as metástases cerebrais, que são tumores malignos causados pela disseminação de cânceres originados em outros órgãos, como pulmão, mama, rim e melanoma. As metástases cerebrais são, na verdade, a forma mais comum de tumor maligno no cérebro em adultos, e indicam que o câncer já está em estágio avançado.

O cérebro é responsável por diversas funções do corpo e, por isso, tem diferentes áreas afetadas, o que pode gerar sintomas distintos, variando de acordo com o tipo, tamanho e localização da lesão. Dr. Alison relata que dentre os principais sintomas, estão as dores de cabeça persistente e progressivas, porém, diferentes da cefaléia comum e, ao contrário da enxaqueca ou da dor tensional, a dor associada a tumores cerebrais tende a piorar com o tempo “além de serem refratárias a medicações analgésicas e muitas vezes acompanhadas de náuseas e vômitos. Em pacientes que já têm cefaléia, uma mudança na característica da dor que o paciente sente (mais forte, lancinante ou resistente à medicação) gera atenção à busca de atendimento médico para investigação. A dor de cabeça comum é mais frequente que a dor relacionada a um tumor”, elucida e acrescenta que convulsões, especialmente em adultos sem histórico anterior, podem afetar uma parte do corpo ou ser generalizada.

Alterações neurológicas, como fraqueza ou dormência em um lado do corpo, dificuldades na fala, alterações visuais, desequilíbrio ou perda de coordenação motora. Mudanças cognitivas ou comportamentais, incluindo lapsos de memória, dificuldade de concentração, confusão mental ou alterações de personalidade e humor. “É importante lembrar que esses sintomas não são exclusivos dos tumores cerebrais, mas sinais persistentes, novos ou progressivos devem sempre ser avaliados por um médico”, enfatiza o oncologista Dr. Alison.

A ressonância magnética do crânio é o principal exame para diagnosticar os tumores, além da tomografia computadorizada, biópsia, exames moleculares e genéticos que são essenciais para o diagnóstico e para ajudar na escolha e na sequência de tratamentos.

A ciência e a tecnologia para os tratamentos têm avançado a cada dia, incluindo terapias-alvo e exames genéticos mais sofisticados, que ajudam a identificar mutações específicas no tumor. “Novas formulações de quimioterapia e uso de dispositivos de eletroterapia (como o Optune®), que geram campos elétricos para interferir na multiplicação de células tumorais, já aprovados para glioblastoma em alguns países (EUA); ensaios clínicos com vacinas terapêuticas e imunoterapia, está em estudo para tumores primários e também já é realidade para metástases cerebrais de câncer de pulmão, melanoma e rim, com resultados promissores”, observa Dr. Alison.

Cada caso e paciente é único e requer um tipo de controle e tratamento para a possibilidade de cura. “Alguns tumores benignos ou de baixo grau podem ser curados com cirurgia, especialmente quando estão localizados em áreas acessíveis e podem ser totalmente removidos. Já tumores malignos de maior agressividade, como os glioblastomas, costumam exigir tratamentos combinados (cirurgia, radioterapia, quimioterapia) e, mesmo quando não há cura completa, é possível alcançar controle da doença e melhora significativa da qualidade de vida. O cuidado com o paciente é individualizado e integral”, conclui o oncologista, Dr. Alison Barroso.

Em casos de sintomas persistentes, a busca pelo acompanhamento médico, com realização de exames para diagnóstico precoce e tratamento adequado são essenciais para a cura.

📌Lembre-se: higienize as mãos sempre que necessário com água e sabão ou álcool em gel

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