O deputado Coronel Azevedo (PL) falou na sessão plenária desta quarta-feira (19), na Assembleia Legislativa, sobre o cenário nacional de enfrentamento ao crime organizado e os desdobramentos políticos após a votação do Projeto de Lei 55, ocorrida na noite anterior na Câmara dos Deputados. Para o parlamentar, o debate expôs tensões já presentes no país e trouxe à tona a necessidade de estratégias mais amplas de segurança pública.
Segundo o parlamentar, a oposição partiu majoritariamente de partidos de esquerda, como PT e PSOL, que argumentaram que o texto final poderia enfraquecer o Congresso. “A votação revelou uma divisão clara no Brasil. De um lado, a maioria do parlamento buscando medidas contra o crime organizado e, de outro, um bloco que, apesar da gravidade do tema, adotou posição contrária”, declarou.
No pronunciamento, o deputado afirmou que considera o crime organizado “o maior problema do Brasil”, defendendo que suas ramificações alcançam setores econômicos e políticos. Ele classificou como preocupante o resultado da votação do PL 55, destacando que 110 deputados se posicionaram contra a matéria.
O deputado avaliou que o momento político exige cautela e planejamento, argumentando que o país enfrenta um desafio complexo que demanda ações estruturadas e contínuas. Para ele, a atual conjuntura nacional expõe conflitos que já vinham se acumulando nos últimos anos e reforça a necessidade de revisão de estratégias no âmbito da segurança pública.
Coronel Azevedo também fez críticas ao governo federal, afirmando que enxerga uma “responsabilidade direta” da atual gestão na conjuntura política que, na visão dele, facilita o avanço do crime organizado. O parlamentar citou nominalmente os deputados federais do Rio Grande do Norte ligados à base do governo, reforçando sua posição contrária ao presidente da República. Segundo ele, mudanças no comando do país seriam necessárias para “reorientar o enfrentamento ao problema”.
Ao concluir a fala, o parlamentar apelou para que a população acompanhe atentamente os debates sobre segurança pública e sobre os projetos que tramitam no Congresso Nacional. Ele afirmou acreditar que o Brasil precisa “retomar um caminho de proteção à sociedade” e disse esperar que o país supere o que classificou como um momento de “profunda divisão política”.
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