Segundo a parlamentar, a proliferação de vídeos, imagens e desafios online que sexualizam crianças representa uma grave ameaça ao desenvolvimento saudável e seguro da nova geração. “Não podemos permitir que a internet, que deveria ser um espaço de aprendizado e convivência, se torne um terreno fértil para a exploração e o abuso infantil. Nosso dever é agir com urgência”, declarou.
O pedido da deputada está na fase da coleta das 171 assinaturas necessárias para que o requerimento seja protocolado na mesa diretora. Em sendo instalada, a CPI vai ouvir especialistas, autoridades, empresas de tecnologia, órgãos de proteção e familiares, além de analisar casos concretos que ganharam repercussão nacional. O objetivo é identificar falhas na legislação, responsabilizar envolvidos e criar instrumentos mais eficazes para prevenir e punir abusos.
“Estamos falando do futuro das nossas crianças. É preciso garantir que a liberdade digital não seja confundida com a liberdade de abusar da inocência e da vulnerabilidade infantil”, concluiu Carla Dickson.
DENÚNCIA
O tema voltou à tona após o youtuber e humorista Felca ter publicado um vídeo no último dia 6 com denúncias sobre exploração de menores de idade na criação de conteúdo na internet. Uma delas é contra o influenciador Hytalo Santos, que inclusive teve a conta no Instagram desativada dois dias depois. Desde 2024, Hytalo é investigado pelo Ministério Público da Paraíba sobre possível exploração de menores nas redes sociais. Ao todo, ele tem mais de 20 milhões de seguidores.
Felca, que tem mais de 4 milhões de inscritos no YouTube, citou Hytalo Santos como alguém que cria e reproduz conteúdos com base na utilização de menores de idade na frente das câmeras. Entre os exemplos utilizados por ele, está o de Kamylla Santos, jovem de 17 anos, que segundo Felca, tem a imagem explorada de forma sensual nos vídeos.
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