A
seca que atinge a região Nordeste desde 2012 está afetando a situação dos
produtores de leite e de laticínios do Rio Grande do Norte. Os custos da
produção aumentaram devido à falta de alimentação e água para o gado. O senador
Garibaldi Filho reuniu-se com o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário
(MDS), Osmar Terra, para expor a situação e propor soluções. Uma delas foi reajustar
os preços que o governo federal paga aos produtores pelo leite que é
distribuído às famílias carentes do Estado. O ministro se comprometeu a estudar
a reivindicação.
Em
parceria com o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do RN (Emater),
o MDS mantém em funcionamento um programa de distribuição de 25.720 litros de
leite por dia. São beneficiadas famílias carentes de pequenas cidades do Rio
Grande do Norte, em estado de emergência devido à seca, situação reconhecida
pelo Ministério da Integração Nacional. Desde 2014, os produtores recebem R$
1,09 pelo litro de leite e 70 centavos são pagos pela captação,
industrialização e distribuição do produto.
Representados
pelo Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados do RN
(Sindleite), os produtores alegam que o aumento de preço dos insumos (mão-de-obra,
embalagem, ração e combustíveis) provocou um desequilíbrio econômico-financeiro
nos contratos firmados em 2014, daí a necessidade do reajuste. “A proposta é
que o preço do leite bovino vá para R$ 2,12 e o leite caprino suba para R$ 2,72”,
informou o Garibaldi Filho. O senador acrescentou que a situação atual pode acarretar
na paralisação da distribuição do leite no RN.
O
vice-presidente do Sindleite, Francisco Belarmino de Macedo Neto, em documento
enviado ao ministro Osmar Terra, destacou que o leite se constitui, para muitas
crianças potiguares, na principal refeição diária. “E para os agricultores
familiares fornecedores, que sofrem com os efeitos da seca que perdura desde
2012 e eliminou todas as outras atividades agropecuárias desenvolvidas no
semiárido do RN, a defasagem do preço do leite estrangula sua única fonte de
renda, sustento da sua família”, escreveu Belarmino.

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