16 julho 2019

“Canibais de Garanhuns” têm penas aumentadas por decisão do TJPE

Imagem: Reprodução
Cinco anos após ter sido condenado pelo assassinato, ocultação e vilipêndio do cadáver da adolescente Jéssica Camila da Silva Pereira, de 17 anos, o trio conhecido como “Canibais de Garanhuns” teve as penas aumentadas. Jorge Beltrão Negromonte da Silveira, que havia sido condenado a 21 anos e seis meses de reclusão, terá que cumprir, agora, 27 anos e um ano e meio de detenção.
Já Isabel Cristina Torreão Pires e Bruna Cristina Oliveira da Silva, que haviam pego 19 anos de prisão, vão passar 24 anos em regime fechado e mais um de detenção. A decisão da 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco transitou em julgado na segunda-feira (15) e não cabe mais recurso.
A majoração das penas atende a um pedido do Ministério Público de Pernambuco pelo homicídio qualificado. O assassinato de Jéssica Camila ocorreu em 2008, em Olinda. A morte só foi descoberta e desvendada quatro anos depois, quando partes do corpo da adolescente foram encontrados em buracos nas paredes da casa em que os réus moravam.
Vendedora de doces nos sinais do bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, Jéssica foi escolhida como alvo por ser socialmente vulnerável e por ter uma filha pequena. Ela foi atraída e morta pelo trio numa casa no bairro de Rio Doce e a filha dela teve os documentos adulterados, passando a ser criada como se fosse filha biológica de Bruna.
Jéssica era considerada impura pelos acusados. Em depoimento, eles revelam que os crimes estavam previstos no ritual de uma seita chamada Cartel, fundada por Jorge. O objetivo era diminuir a densidade demográfica. Segundo a seita, o corpo era dividido e todo sangue era extraído como forma de “purificação”. Depois, os acusados consumiam a carne para também ter seus corpos purificados.
Em dezembro do ano passado, o trio também foi condenado por matar esquartejar, enterrar e comer parte da carne dos corpos de Giselly Helena da Silva, 31 anos, e Alexandra Falcão, 20 anos. Os crimes foram cometidos em fevereiro de 2012, na casa que o trio morava em Garanhuns, no Agreste pernambucano.
Nesses processos, Jorge pegou 71 anos de reclusão, enquanto Isabel, 68. Bruna, que também respondia por falsidade ideológica, recebeu 71 anos e 10 meses. Somadas as punições, o trio foi condenado a 210 anos de prisão.

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