09 junho 2016

GRUPO DE GAYS DA DIREITA APOIA BOLSONARO E DETONA JEAN WYLLYS

A BBC Brasil publicou nesta quarta-feira, 08, uma ampla reportagem sobre jovens declaradamente homossexuais, mas que apoiam o deputado federal Jair Bolsonaro, eleito pelo PSC do Rio de Janeiro. Eles vão na contramão da maioria dos grupos LGBT, que acusam o parlamentar de ser homofóbico. O site da empresa de com
unicação britânica no Brasil também conversou com especialistas, que disseram que gays conservadores não são uma novidade no Brasil, nem no mundo.
No entanto, alguns argumentaram que esse sentimento de aprovação com Bolsonaro pode ser motivado também por conta do desgaste político no Brasil após a eleição presidencial de 2014. O impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e diversos nomes políticos envolvidos em esquemas criminosos fez com que muita gente tomasse posições extremas ou então procurasse um novo caminho. Há até quem defensa novas eleições. 
Um dos homossexuais que se diz de direita e que defense o parlamentar polêmico do PSC é o arquiteto Clóvis Smith Hays Júnior. Ele tem 28 anos e milhares de seguidores nas redes sociais. Só no Facebook são 34 mil pessoas que gostam de ver o que ele fala. Intitulando-se "gay de direita", Clóvis já teceu em seus vídeos gravados de sua casa, em São Paulo, elogios a Bolsonaro e críticas a um dos deputados pró-LGBT mais conhecidos, Jean Wyllys, do PSOL.
Apesar de ser homossexual e defender bandeiras gays, o ex-participante do 'Big Brother Brasil' é rejeitado na comunidade gay de direita, justamente por o grupo achar Jean da extrema esquerda. No dia 17 de abril, durante a votação do prosseguimento do impeachment de Dilma na Câmara, o deputado cuspiu em seu opositor, que teria declamado frases homofóbicas. Segundos antes, Bolsonaro fez uma menção ao Coronel Brilhante Ustra, considerado um dos maiores torturadores durante o período do Regime Militar.
Entendendo que os homossexuais formam um público importante, Bolsonaro tem feito encontros, tirado selfies e até compartilhando publicações de gays. O intuito dele é provar que não é homofóbico e ganhar força na campanha presidencial de 2018. 

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